Campeonato NacionalRally Raid

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25 Outubro 2025

Campeão mundial de Rally Raid, Lucas Moraes quer mais: minha obsessão é vencer o Dakar

Piloto revela desejo de despertar o interesse de mais jovens pelo esporte

Lucas Moraes, aos 35 anos, entrou para a história ao se tornar o primeiro brasileiro campeão mundial de Rally Raid (W2RC), na categoria Ultimate, a principal da modalidade. O título foi confirmado após o Rally do Marrocos, última etapa da temporada 2025.

Foto: Fran Oliveira

O piloto já acumulava feitos importantes no automobilismo off-road: três vitórias no Rally dos Sertões, primeiro brasileiro a conquistar um pódio geral do Dakar e primeiro a vencer uma etapa do Dakar. Agora, o título mundial consolida um ciclo que começou ainda na infância, sobre duas rodas.

A paixão por velocidade surgiu aos quatro anos, quando ganhou uma moto do pai. Aos quinze, já era piloto profissional de motocross pela Suzuki e vice-campeão brasileiro e latino-americano. Uma lesão no quadril encerrou a carreira nas motos, mas não o afastou das pistas. “Foi uma das decisões mais difíceis da minha vida. Eu vivia pela moto, mas entendi que precisava seguir outro caminho”, relembra.

Formado em negócios e empreendedor, Lucas fundou a startup Olivia, adquirida pelo Nubank, antes de retornar ao automobilismo. A estreia no Rally dos Sertões foi em 2018, e no ano seguinte ele se tornou o mais jovem campeão da história da prova.

No Dakar de 2023, foi o melhor estreante em 35 anos na categoria Carros, terminando em terceiro lugar geral, um resultado inédito para o Brasil. Em 2024, foi além: venceu pela primeira vez uma especial no Dakar, feito jamais alcançado por um brasileiro. “Correr o Dakar é como chegar ao topo do universo off-road. Mas minha obsessão continua: vencer o Dakar”, assegura.

O título mundial veio após uma temporada de regularidade e superação. “A gente sabia que precisava ir muito bem no Marrocos. Chegamos com dez pontos de diferença para o Nasser Al-Attiyah e sabíamos que o rally só termina quando acaba mesmo”, contou. “Nos últimos três quilômetros do campeonato estávamos todos perdidos, sem saber quem seria o campeão. Só depois da chegada, com a penalização do Nasser, soubemos que o título era nosso. Foi uma honra representar o Brasil.”

Com o resultado, Lucas se junta ao seleto grupo de brasileiros campeões mundiais em grandes categorias do automobilismo. Ele reconhece o peso desse feito: “Toda vez que o seu nome é mencionado perto de Fittipaldi, Piquet e Senna, dá até arrepio. A ficha ainda não caiu, mas quero ajudar o esporte a continuar crescendo no Brasil.”

O piloto também revelou os próximos passos. Após duas temporadas com a Toyota, agora integra a equipe The Dacia Sandriders, da Renaut, ao lado de nomes como Sébastien Loeb e Cristina Gutiérrez. “Estou empolgado com essa nova fase, com um novo carro e um novo navegador, o alemão Dennis Zenz. Nosso foco é o Dakar de janeiro, o próximo campeonato mundial.”

Mesmo com a agenda intensa, Lucas reforça o propósito de inspirar novos talentos. “Muita gente me fala que posso fazer pelo rally o que o Guga fez pelo tênis. Se eu puder colocar o Brasil no mapa do rally mundial e despertar o interesse de mais jovens pelo esporte, já terá valido a pena”, comemora.

 

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Autor: Assessoria de Imprensa